Você já bebeu um vinho de uvas plantadas em solos vulcânicos? Não? Então precisa. A DOC Etna Rosso fica aos pés do vulcão Etna. O monte/vulcão mais alto em atividade da Europa (duas vezes maior que o Vesúvio). Esse terroir, mais que único está localizado na Itália, no Nordeste da Sicília, maior ilha do mediterrâneo. Os solos vulcânicos unidos às altas altitudes conferem aos vinhos qualidade e muita personalidade, além de um delicioso caráter mineral, tanto nos brancos quanto nos tintos. As zonas de cultivo dos vinhedos no Etna formam uma ferradura em volta do vulcão, deixando apenas a face oeste do vulcão sem vinhedos, onde estão os corredores de lava. Super interessante e muito diferente.
A uva rainha desse micro terroir do Etna é a Nerello Mascalese, que combinada com a Nerello Cappuccio produz tintos frescos, superelegantes e aromáticos. Os vinhos são incríveis! E há quem compare esses tintos com o estilo da Borgonha. E não é por acaso. A própria Nerello Mascalese costuma ser comparada a Pinot Noir (e as vezes à Nebbiolo), por sua cor clara, seus altos níveis de acidez e sua expressão elegante de flores e frutas frescas em seus vinhos. A diferença é que a Nerello tem a pele mais grossa então possui mais taninos, por isso as vezes também é comparada à Nebbiolo.
Os bons Etna Rosso, como é o caso de Cauru, possuem nível de acidez e de taninos elevados, tornando-os ótimos para um bom envelhecimento. Quando evoluem, seus aromas remetem a vinhos nobres e consagrados como o Borgonha e o Barolo, com interessante combinação entre elegância e potência.
A vitivinicultura na região tem história semelhante à de outras regiões no sul da Itália, onde predominava a produção quantitativa, dando origem a vinhos de baixa qualidade. Hoje, conhecendo-se os inúmeros microclimas e terroirs, o foco é na qualidade e não mais na quantidade. Não é um trabalho fácil, os verões podem ser realmente quentes e os invernos extremamente frios e com muita chuva. Devido às altitudes, o trabalho mecanizado é inviável e o trabalho manual é pesado e tem custos elevados.
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Cauru, que se traduz como quente, é elegante e delicado. Tem cor rubi claro, com aromas de frutas vermelhas silvestres, como cerejas, morangos e framboesas. Notas florais delicadas, toques minerais e defumados e notas especiarias complementam o perfil aromático. Muito elegante, com taninos finos e boa acidez. Final longo com gostinho de quero mais.
É muito versátil na harmonização. Vai bem com embutidos como salame e presunto parma, carnes vermelhas magras, aves assadas, como frango e pato, funciona muito bem com risotos ao funghi e massas com molho vermelho. Também vai bem com antepastos e pizzas.
Agora que você já sabe tudo sobre os vinhos no Etna, que tal garantir o seu?
Por Maria Paula Almeida – sommelière Onivino