Não podemos falar de Miguel Torres sem antes falarmos um pouco sobre a Família Torres, localizada em uma das principais regiões da Espanha, o Penedès e com vinícolas e vinhedos espalhados por todo o país, como no Priorat, na Rioja, em Ribeira del Duero, em Rueda, em Rias Baixas e outras regiões.
A vinícola Torres é um império, com mais de 1.300 hectares de território plantado, é hoje a maior vinícola da Espanha.
Mas não é só na Espanha que a Família Torres tem força. Em 1979, apoiada pela trajetória na cultura vinícola na Espanha, a família Torres iniciou no Chile, no vale do Curicó, seu projeto Miguel Torres Chile. Foi a primeira vinícola estrangeira a se estabelecer por lá.
Alguns anos depois, iniciou também um projeto nos Estados Unidos, em Russian River, no vale do Sonoma, comandado por Marimar Torres, irmã de Miguel Torres, onde estão plantadas Chardonnay e Pinot Noir. A vinícola se chama Marimar Estate.
Seus vinhos traduzem a tradição e o conhecimento da família aliados à riqueza do terroir dessas regiões. Atualmente, são 350 hectares de vinhedos plantados no Chile, em propriedades com terroirs bem diferentes. São vinhos que buscam ter um caráter varietal intenso. Miguel Torres Chile tem trabalhado na recuperação de variedades chilenas esquecidas, com a País e a Carignan.
A trajetória de Miguel Torres no Chile
Miguel Torres foi a primeira vinícola estrangeira a se estabelecer no Chile. O vale do Curicó foi escolhido como destino, devido a suas excelentes condições climáticas. Para o desenvolvimento da indústria vitivinícola no país, Miguel Torres apostou em inovações como a introdução de tanques de aço inoxidável e o amadurecimento em barricas de carvalho francês.
Em 1981, apenas depois de 2 anos de instalação no Chile, a marca Santa Digna (primeira marca da vinícola no Chile) foi pela primeira vez exportada. Hoje é uma das linhas mais conhecidas da vinícola no mundo, e certificada como Trade Fair (comércio justo) desde 2011. Essa certificação tem como objetivo mostrar ao consumidor que a qualidade do produto é alta e que em sua produção há equilíbrio entre a empresa, seus trabalhadores e o meio ambiente.
Em 1985 foi colhida a primeira safra do famoso Manso de Velasco, hoje reconhecido por sua qualidade, um vinho que representa mundialmente a Cabernet Sauvignon no Chile. É o vinho ícone de Miguel Torres. O nome é uma homenagem ao fundador da cidade de Curicó. São 15 hectares plantados aos pés da Cordilheira dos Andes, dedicadas apenas a Cabernet Sauvignon.
Em 2000 mais uma colheita importante para Miguel Torres. Um vinho que foi testado por muitos anos, com variedades chilenas, de diferentes origens. Cabernet Sauvignon, Carménère, Tempranillo, Monastrell são a base do vinho, que passa por amadurecimento em barricas por 24 meses. Um grande vinho.
Em 2007, iniciou-se um projeto importantíssimo, do qual Miguel Torres assume a liderança, e onde participam um grupo de empresas vitivinícolas comprometidas com as causas ambientais, chamado “Internacional Wineries for Climate Action”. O projeto visa reduzir as emissões de Co2, o consumo de energia, a garantia da biodiversidade do meio ambiente e o uso responsável da água, assim diminuindo os efeitos do aquecimento global e suas consequências nos vinhedos.
Em 2012 os vinhedos se tornam 100% orgânicos, sendo a linha Las Mulas, criada em 2010, a representante dessa categoria, focada na atenção na sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente.
Hoje, a vinícola do Chile está nas mãos de Miguel e Mireia Torres Maczassek, quinta geração da família, que completa 150 anos desde que Jaime e Miguel fundaram a “Casa Torres”.
O sucesso da vinícola
O grande sucesso da Miguel Torres durante todos esses anos está nos investimentos para o crescimento dos vinhos no Chile. Sempre em busca da produção de vinhos de qualidade, que mostram a identidade da região e o respeito pelo meio ambiente, além de grande responsabilidade social.
Para finalizar, uma frase de Miguel Torres sobre seu sucesso: “Nosso principal marco foi manter a vinícola nas mãos da família durante todos esses anos, com cada geração inovando à sua maneira e contribuindo com sua visão particular para o desenvolvimento dos negócios. Acho extraordinário que chegamos tão longe e é uma sorte continuar fazendo o que somos apaixonados: fazer vinho e cuidar das videiras”.
Maria Paula Almeida – Editora Onivino
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