Se você leu a primeira parte desse artigo deve ter ficado curioso para saber quais são as outras melhores regiões vitivinícolas do mundo. Na parte 1, falamos um pouco sobre Borgonha, Toscana e Bordeaux. Hoje vamos conhecer mais um pouco sobre aquelas que são as consideradas melhores regiões para vinho do Velho Mundo. Continuando com nossa 4ª região da lista:

4. Piemonte, Itália

Junto com a Toscana é outra grande região italiana. O Piemonte é conhecido no cenário mundial como produtor de dois vinhos de estilos muito diferentes: os vinhos longevos e caros da variedade Nebbiolo e os vinhos espumantes doces da variedade Moscato, produzidos pelo método Asti. É lá que se produzem os impressionantes Barolos e Barbarescos, assim como o Moscato de Asti e o Asti Spumante.

A Nebiollo é a estrela do Piemonte. Os vinhos de Nebbiolo estão entre os melhores da Itália e do mundo! Por isso não poderia faltar essa região por aqui. Barolo, Barbaresco, Gattinara, Roero, Nebbiolo D´Alba, Nebbiolo do Langhe, todos são belas expressões da Nebbiolo. 

5. Rioja, Espanha

Se você é um amante do vinho, você vai realmente desfrutar desta região da Espanha. Situada no Norte da Espanha, Rioja foi a primeira região da Espanha a receber o status de DOCa (Denomiação de Origem Calificada), em 1991. É a principal região vinícola do país e a mais reconhecida pelo mundo. 

A Tempranillo, que tem esse nome graças ao seu ciclo de maturação curto, é considerada autóctone dessa região, é a uva mais plantada, ocupando quase 80% das plantações da Rioja. Na Rioja, há uma classificação muito importante para definir o estilo do vinho que tem relação com o tempo de envelhecimento em madeira que aquele vinho passou. De acordo com esse tempo, o vinho pode ser classificado em Roble, Crianza, Reserva e Gran Reserva. O valor também costuma aumentar dependendo do tempo de barrica.

6. Vale do Douro, Portugal

Portugal é amplamente reconhecido por seus vinhos. E o Douro, região no Nordeste de Portugal, tem liderado o caminho. Com sua paisagem deslumbrante e arquitetura magnífica, o Vale do Douro é Patrimônio Mundial da Unesco e foi a primeira região demarcada e regulamentada do mundo (em 1756). Esta região produz vinho há mais de 2.000 anos.

A região do Douro se subdivide em 3 regiões e cada uma delas apresenta climas diferentes. O Baixo Corgo, o Cima Corgo (onde estão 2/3 das videiras do Douro) e O Douro Superior onde a viticultura é limitada e escassa, graças às altíssimas temperaturas, principalmente no verão. Os solos durienses são essencialmente compostos por xisto, particularmente difíceis de trabalhar mas por outro lado, benéficos para a longevidade das vinhas.

São muitas variedades plantadas por lá mas as principais brancas são: Viosinho, Malvasia Fina, Gouveio, Rabigato e as tintas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão, Sousão, Bastardo, Tinta Amarela (Trincadeira).

Os vinhos são extremamente potentes, encorpados e concentrados, com alta complexidade, aromáticos e elegantes.

No Douro são plantadas as uvas que dão origem ao principal vinho fortificado do mundo: o Vinho do Porto, em sua grande variedade de estilos, desde branco, jovem e frutado como o Ruby, oxidado como o Tawny, até os mais caros Vintages e Tawnys com indicação de idade e até mesmo rosés.

7. Champagne, França

Champagne é o berço dos vinhos espumantes, uma região conhecida por todo o mundo e muito querida pelos fãs das borbulhas. Tradição e inovação se misturam nessa região, com pequenos produtores que cuidam de seus produtos e sobrevivem ao lado das grandes marcas de renome mundial. Segundo eles, a vida é um pouco menos especial sem Champagne.

Localizada na região mais ao Norte da França, A posição de Champagne, perto da faixa de latitude mais ao Norte ideal de produção de vinhos, permite que o clima frio da região traga alta acidez para as uvas, que é um fator de extrema importância para elaboração de Champagnes de alta qualidade.

O Champagne pode usar as uvas: Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier, podendo ser uma mistura delas ou apenas uma. O nome das uvas nunca aparece no rótulo. Os Champagnes podem ter vários graus de doçura, mas o principal é o Brut.

Gostou? Então agora que você já conhece as 7 melhores regiões vitivinícolas do Velho Mundo, que tal aproveitar para escolher seus vinhos?

Por Maria Paula Almeida – sommelière Onivino

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