
Quando pensamos em harmonização de vinhos, geralmente nos vêm à mente pratos clássicos ou tipos de carnes. No entanto, um elemento fundamental na gastronomia merece atenção especial: as ervas e especiarias. Elas têm o poder de transformar sabores e, quando bem combinadas com o vinho, criam experiências gustativas memoráveis.
Ervas frescas e vinhos brancos leves
Ervas frescas como salsinha, cebolinha, hortelã e manjericão pedem vinhos brancos aromáticos e delicados. Sauvignon Blanc, Torrontés e Pinot Grigio são ótimas pedidas. A acidez refrescante desses vinhos limpa o paladar e realça a leveza das ervas.
Sugestão de combinação: Salada caprese com manjericão fresco e um Sauvignon Blanc chileno.
Ervas aromáticas e vinhos brancos estruturados
Ervas mais intensas como tomilho, alecrim, sálvia e estragão combinam melhor com vinhos brancos mais encorpados, como Chardonnay (sem madeira), Viognier e Semillon. Esses vinhos têm estrutura para equilibrar o perfume dessas ervas.
Sugestão de combinação: Frango assado com alecrim acompanhado de um Chardonnay do sul da França.

Especiarias doces e vinhos tintos frutados
Especiarias como canela, noz-moscada e cardamomo harmonizam com tintos frutados e suaves, que têm doçura natural e taninos macios, como Pinot Noir, Grenache e Gamay.
Sugestão de combinação: Carne suína com molho agridoce e toque de canela, servida com Pinot Noir.
Especiarias picantes e vinhos brancos ou rosés
Temperos como pimenta, gengibre e curry pedem vinhos com boa acidez e um leve toque adocicado, que amenizem o calor das especiarias. Aqui entram vinhos brancos como Riesling e Gewürztraminer, ou um rosé frutado.
Sugestão de combinação: Camarões ao curry com um Riesling alemão.
Ervas secas e vinhos tintos encorpados
Ervas secas como orégano, louro e tomilho seco têm sabores concentrados e intensos. Elas pedem vinhos tintos estruturados e com notas terrosas, como Syrah, Cabernet Sauvignon e Malbec.
Sugestão de combinação: Pizza de calabresa com orégano e um Malbec argentino.
Dica final
O segredo da harmonização entre ervas, especiarias e vinho está no equilíbrio. Prefira vinhos que complementem o aroma e a intensidade dos temperos, sem sobrepor ou desaparecer. Lembre-se: o vinho deve ser um parceiro do prato — não um competidor.
Brinque, experimente e descubra novas possibilidades! Afinal, a melhor harmonização é aquela que agrada ao seu paladar.
Qual combinação você gostaria de experimentar?