O Amarone é vinho que é mais conhecido e até mesmo mais importante do que a região de onde ele vem.

Produzido norte da Itália, na região do Vêneto, uma sub-região de Valpolicella, com uvas autóctones e uma técnica ancestral que fazem dessa região uma das regiões mais excitantes do mundo.

Região


A região do Amarone é uma região com muitas colinas e com clima temperado.
O Amarone é o vinho mais famoso, porém a região é a Valpolicella e se tornou uma denominação de origem em 1968. O primeiro é um vinho tranquilo, tradicional e é chamado apenas de Valpolicella Classico. Depois temos o Valpolicella Superiore, que é basicamente o mesmo vinho só que com um teor alcóolico maior e um tempo a mais na cantina, antes de ser colocado à venda.


Os vinhos tranquilos (como são chamados os vinhos tradicionais) não fazem a fama da região. O vinho que realmente traz a fama da região é o poderoso Amarone Della Valpolicella. Esse vinho é feito exatamente como os vinhos tranquilos de Valpolicella, inclusive com as mesmas uvas, com uma grande diferença de que as uvas são “passificadas”, ou seja, as uvas são deixadas para secar em grandes salas bem ventiladas em cima de esteiras e perdem de 35 à 40% de água, ficando quase passas. Com isso as uvas concentram açúcares, acidez, polifenóis, resveratrol e glicerina que trazem maciez ao vinho. Quando fermentado, a uva que tem muito açúcar (que é o combustível da fermentação) acaba fazendo um vinho mais encorpado e mais alcóolico, chegando fácil aos 15% de volume alcóolico.


Surfando na onda do grande Amarone temos o Valpolicella Ripasso, que nada mais é que um Valpolicella tradicional passado nas borras do Amarone. Após a finalização da fermentação do Amarone, coloca-se o vinho tranquilo de Valpolicella quase no final de sua fermentação para turbinar os sabores do Amarone, fazendo assim o Valpolicella Ripasso. Por último e não menos importante temos o Recioto Della Valpolicella, um vinho de sobremesa que é feito exatamente como o Amarone, só que a fermentação não é finalizada e o vinho fica doce.
Uma curiosidade é que o Recioto veio antes do Amarone e foi responsável pela criação desse grandioso vinho que é seco.


As uvas da região do Valpolicella são a Corvina Veronese, Rondinella, Corvinone e Molinara.

A História do Amarone


A região já fazia vinho antes do império romano e o Recioto era o vinho aclamado, mas o Amarone acabou sendo a estrela por conta de uma potencia incrível. Vale lembrar que antigamente o vinho não era encorpado e muito menos alcóolico, as medidas de álcool raramente chegavam aos 13% e o poderoso Amarone tornou-se muito mais alcóolico.


Por volta do século XX, um barril de Recioto ficou fermentando mais tempo do que deveria e, como o Recioto tem muito açúcar, a fermentação prosseguiu e o vinho acabou ficando seco e um pouco amargo, daí o nome Amarone, que vem de “amaro” e significa amargo.
Ainda tem outra teoria que o nome Amarone teria sido criado em 1936 por um enólogo que teria dito “esse vinho não é Amaro (amargo), é um Amarone”.


Mas somente em 1990 foi criada a DOC (denominação de origem controlada) e em apenas em 2009 a DOCG (denominação de origem controlada e garantida) foi concedida a Amarone Della Valpolicella. E de acordo com a legislação da DOCG o Amarone deve envelhecer em barris de carvalho francês ou esloveno por no mínimo dois anos e os “Riserva” por um período mínimo de quatro anos.

Como harmonizar um Amarone?


Harmonizar o Amarone não é das tarefas mais fáceis. Como é um vinho muito potente pode facilmente ser maior que os pratos, porém, é um vinho que fica maravilhoso com queijos maduros como o Parmesão ou o Reggiano.
Carnes vermelhas e carnes de caça ficam muito boas com esse potente vinho. Cabrito assado também pode ser surpreendente.
Quando você é um apreciador de charutos e quase nunca quer arriscar a harmonização com vinhos, o Amarone é uma belíssima opção. Suas nuances de amargor e doçura combinam muito bem com charutos encorpados.

As Safras do Amarone


O Amarone é um vinho muito estável ano após ano, quase nunca tendo uma safra muito ruim.
Safras de Amarone Della Valpolicella de 2009 a 2019:

  • 2009 – NOTA 10 – Safra excepcional. Condições fantásticas.
  • 2010 – NOTA 08 – Uma safra um pouco mais úmida e com condições boas.
  • 2011 – NOTA 09 – Safra muito boa, um pouco de chuva na colheita.
  • 2012 – NOTA 10 – Outra safra excepcional, incrível intensidade.
  • 2013 – NOTA 08 – Uma safra estável sem muitas surpresas.
  • 2014 – NOTA 08 – Pouca chuva, mas fora de hora.
  • 2015 – NOTA 06 – Uma safra com pouca insolação. O vinho está pronto hoje.
  • 2016 – NOTA 10 – Safra fantástica com pouca chuva durante a colheita.
  • 2017 – NOTA 08 – Mais uma safra espetacular com chuva fora de hora.
  • 2018 – NOTA 08 – Outra safra muito estável.
  • 2019 – NOTA 09 – Bom para guardar ou beber hoje, safra incrível.

As safras de 1988, 1990, 1995,1997 e 1998 foram safras extraordinárias. Essas safras podem ser excelentes de produtores menos conhecidos, sendo assim, com um custo benefício melhor.

Lembre-se sempre que o Amarone é um vinho que pode ser compartilhado com amigos para bater papo e falar de vinho, finaliza uma refeição com louvor e rende boas histórias.

O Amarone pode também ser o presente perfeito para um amigo conhecedor de vinho e que ama o mundo do vinho e temos certeza que você irá acertar em cheio.

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